Projeto trabalha impacto socioambiental e conceitos de sustentabilidade

Há 10 anos, um projeto no interior de São Paulo planta mais que sementes e mudas, mas também conceitos e práticas voltadas à sustentabilidade. O Projeto Semeando começou como um coletivo de educação socioambiental e hoje é uma empresa voltada a este impacto. Trabalha com organizações públicas e privadas construindo conjuntamente projetos e soluções que orientem a consolidação de uma sociedade sustentável.

O coordenador do projeto, Marcos Vinícius explica que entre as principais atividades estão ações para promover conceitos e práticas educativas de sustentabilidade por meio de oficinas, brincadeiras, vivências, exposições, experiências, exibição de áudio visual e rodas de conversas. Tudo isso tem a missão de promover a transformação da sociedade por meio de práticas de educação para a sustentabilidade.

“Nossas atividades podem acontecer em qualquer espaço com o propósito de encantar de forma divertida e criativa públicos de todas as idades”, explica Marcos Vinícius. Ele enumera ainda as práticas que são oferecidas nessas ações: plantio de várias espécies de plantas alimentícias em diferentes espaços, como separar seus resíduos corretamente para a coleta seletiva, instalação de cisterna para captar de água de chuva, como fazer uma composteira com e sem minhoca, como construir a partir dos princípios da bioconstrução, valorização biodiversidade das florestas, sementes e espécies da fauna e flora de cada bioma brasileiro, entre outras.

O objetivo do Projeto Semeando é sensibilizar, capacitar e promover o protagonismo de líderes a favor da educação para a sustentabilidade. Entretanto, este tipo de ação não precisa exatamente de uma formação para que este conceito seja implantado no nosso dia a dia.

Marcos Vinícius explica que para implementar ações de sustentabilidade, devemos realizar os cinco Rs: Repensar, Recusar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar. “Esta é uma prática integrada à economia circular, que é um conceito econômico que faz parte do desenvolvimento sustentável, inspirado em noções de economia verde que emerge como alternativa à economia linear”, destaca.

Para difundir as práticas de sustentabilidade para a população, o Projeto Semeando promove ações junto à comunidade escolar, desenvolvendo metodologias participativas e tecnologias sociais capazes de sensibilizar e preparar as pessoas para as novas escolhas e desafios da atualidade e do futuro. “Com essa visão, atuamos para apoiar a construção de valores fundamentais nas interações entre as várias formas de vida e em uma visão sistêmica que possibilita o conhecimento do todo, de modo a permitir a sua transformação”, ressalta o coordenador do projeto.

Além de ações junto à comunidade, o projeto trabalha com o Meliponário Escola, levando palestras, cursos e oficinas sobre as abelhas nativas sem ferrão para escolas, praças, hortas comunitárias e eventos voltados à preservação ambiental, com o objetivo de mostrar que a meliponicultura vai muito além do mel. “As abelhas nativas sem ferrão oferecem um serviço de valor inestimável, a polinização, além de contribuir enormemente para a manutenção das florestas. Se elas forem extintas, a reprodução de plantas silvestres ficará comprometida, porque mais de 90% das espécies de vegetação tropical com flores e cerca de 78% das espécies de zonas temperadas dependem da polinização desses insetos”, enfatiza Marcos Vinícius.

Outra ação de destaque é a Vivência Agroecológica, que promove uma vivência de sensibilização e conexão com a natureza. Neste contexto, o objetivo é apresentar aos visitantes as diversas possibilidade de produção orgânica, construção ecológica, tratamentos ecológicos de resíduos e a preparação e utilização de alimentos saudáveis. “Os sistemas agroflorestais são a prova da generosidade da terra, pois são capazes de curar um solo degradado. São a prova deque é possível transformar um terreno praticamente sem vida em uma floresta que produz alimentos de forma eficiente e otimizada”, aponta.

As ações de proteção da natureza e meio ambiente e de promoção de sustentabilidade não são devem ser apenas implantadas no meio rural, mas também em ambientes urbanos, conforme explica o coordenador. “É possível proteger a natureza dentro das cidades, desde que essas ações estimulem a participação da sociedade em atividades como, plantios urbanos, ações de limpeza, participação na criação de políticas públicas, etc. Essas ações são de responsabilidade do poder público e também das empresas.”

Além disso, atividades simples no cotidiano podem ser feitas por qualquer pessoa para fomentar a sustentabilidade. “Devemos lembrar sempre que se queremos transformar o mundo, devemos começar com pequenas ações em casa. Para transformar global precisamos atuar localmente. Ações como repensar no consumo de plástico, evitar o desperdício de alimentos, água e energia elétrica devem ser primordiais para dar um passo para uma vida mais sustentável”, aconselha Marcos Vinícius.

Para conhecer mais sobre o Projeto Semeando, acesse a página no Instagram: www.instagram.com/_seme.ando

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