Agrofloresta do Parque Cultural Florata promove recuperação ambiental e resgate de espécies nativas do Cerrado
A agrofloresta do Parque Cultural Florata é um exemplo de como a agricultura sustentável pode beneficiar o meio ambiente e a comunidade. Em uma área de aproximadamente 8 mil metros quadrados, o parque implementou um sistema agroflorestal (SAF) com o objetivo de recuperar o solo degradado e reintroduzir espécies nativas do cerrado, como caju-do-cerrado, mamacadela, murici , cagaita, jatobá, pequi, mangaba e baru. Essa iniciativa traz de volta a biodiversidade local, promovendo um ambiente saudável e autossustentável.
David Lúcio Lemos, gerente administrativo do Florata, explica que o sistema adotado no parque é baseado na técnica milenar da agrofloresta, utilizada por povos nativos há mais de 13 mil anos, que consiste no cultivo integrado de árvores, arbustos e culturas agrícolas. “A prática é descrita pela policultura e dispensa o uso de defensivos agrícolas, utilizando o poder para acelerar o crescimento das espécies e regenerar o solo de forma natural”. Segundo David, além de preservar a flora e a fauna locais, a agrofloresta contribui para a recuperação da área ao enriquecer o solo e criar condições ideais para o crescimento das plantas.
Para o gestor, a agrofloresta do Florata demonstra que esse método sustentável pode ser replicado em diferentes tipos de terrenos, incluindo sítios, chácaras e até mesmo quintais, tornando possível a produção de alimentos saudáveis junto a espécies arbóreas. “O sistema promove uma maior nutrição do solo e sua permeabilidade, retendo água e resistindo melhor à seca. Assim, o parque não beneficia apenas a biodiversidade local, mas também oferece um modelo replicável que combina recuperação ambiental com produção de alimentos livres de agrotóxicos”, reforça.
Com o projeto, a Elysium Sociedade Cultural, gestora do parque, reafirma seu compromisso com a preservação do Cerrado e com a conscientização ambiental, mostrando como práticas sustentáveis podem se integrar ao nosso cotidiano. O espaço é aberto para visitação, oferecendo ao público a oportunidade de conhecer de perto o impacto positivo da agrofloresta na preservação ambiental e na saúde do solo.
O parque está localizado na Rodovia GO 462, Km 12, Santo Antônio de Goiás. O funcionamento para o público é de terça-feira a domingo, das 9 às 17 horas, e a entrada é gratuita. Para mais informações, ligue (62) 3645-0904.